sexta-feira, 5 de agosto de 2011

UM POUCO DA HISTÓRIA HEADBANGER - DA INGLATERRA 1970 AO AMAPÁ 2011

 
          Em meados da decada de 70 na INGLATERRA o movimento da primeira safra de bandas heavy como Black Sabbath, Judas Priest e outras começou a se tornar coisa cada vez mais séria. Tanto séria, que a mìdia (composta por pessoas muito mais competentes do que os "gostosões" de hoje...) BBC, Observer e outras entidades jornalisticas, passou a adotar o termo "METALLER" para os seguidores do movimento (se não acreditam, basta somente digitar "metaller" em qualquer site de procura e terão uma boa surpresa...)
Depois de ter passado pela FASE-DE-ATAQUE da parte do movimento PUNK puro (mais ou menos 1976 até 1979), a segunda safra de bandas, conhecida mais como NWOBHM, que traziam bandas "ainda mais pesadas" como Maiden, Saxon, etc, etc... tomou conta da INGLATERRA e alguns jornais (muito competentes também!) passou a usar também o termo "HEADBANGER", pois os conservadores de Sua Majestade Elisabeth II, viam toda aquela garotada "BATENDO A CABEÇA" como condenados infernais (The Times, 2nd April 1980). Lemmy Kilmister, inglês, mas residente CALIFORNIANO e roadie crew de Jimi Hendrix durante o 1° Woodstock em 1969, fundou na segunda metade dos anos 70, entre EUA e INGLATERRA, o Power Metal MOTORHEAD fazendo pirar a cabeça dos bangers yankees, especialmente em San Francisco. E os INGLESES respondem logo, logo, logo depois com o VENOM!!! O Termo "HEADBANGER" ficou cada vez consolidado porque o VERDADEIRO HEAVY METAL AMERICANO nascia naquele momento e era mais pesado do que nunca! Logo depois veio a fantastica safra THRASH e aí o resto é história... 

No Brasil, no final dos anos 70 e início dos 80, nós daquela época, simplesmente TRADUZIMOS o têrmo "METALLER" inglês para "METALEIRO" porque era mais original e nós, por uma questão de PATRIOTISMO, não queríamos adotar "metaller" que era RIDICULO!! As outras gerações de fãs heavy foram "seduzidas" (inclusive eu também) por bandas cada vez mais pesadas e o têrmo usado naquele periodo, graças ao programa tv "HEADBANGER'S BALL" da MTV AMERICANA passou oficialmente para "headbanger". A imprensa brasileira ainda tinha como visão o "metaleiro" e no Brasil era muito discriminado por ser considerado coisa de "viciados em drogas" (especialmente durante o Regime Militar). O tempo foi evoluindo, a industria do Metal foi crescendo muito e, por uma questão SOCIAL (ou talvez psicologica) os novos fãs começaram a rejeitar cada vez mais o têrmo "metaleiro" que era muito BREGA e "muito brasileiro", principalmente graças à um festival promovido pela Rede Globo em 1985 onde o Língua-de-Trapo performou a cômica "Os Metaleiros Também Amam" ridicularizando e rotulando negativamente o Metal em geral. A imprensa brasileira e fanzines como a "ROCK BRIGADE" não foram capazes de investigar e tirar fora do baú um pouco de historia e CULTURA e "HOJE" existe um MAL-ENTENDIDO entre "SER UM VERDADEIRO HEADBANGER" que escuta somente o "verdadeiro Metal" e em um certo modo "comportamental" e "SER UM METALEIRO" que é burro, ignorante e só "suja a imagem". Provavelmente existe "uma certa diferença" entre os metaleiros de HOJE e os metaleiros de ÔNTEM. Uma coisa é certa: os "metaleiros" de ÔNTEM amavam o Metal, vivìam o Metal 24 horas por dia, 7 dias por semana e 366 dias por ano sem se preocupar em fazer distinções entre quem escutava o Heavy Metal e quem escutava o Rock Nacional de então. Pelo contrário: existia uma grande SINERGIA entre nós e um grande RESPEITO. Mas era um outro tempo aquele.
          No Amapá, o estilo HEADBANGER já prevalece a alguns anos e vem sendo passado para as gerações seguintes. Mas apenas em 2011 o estilo está ganhando forças e prestígio. Começando pelo fato de que essa geração tem formado excelentes bandas de heavy metal, das quais podemos destacar a belíssima banda HIDRAH (da qual sou fã), as bandas MARTTYRIUM, AMATRIBO, ANONYMOUS HATE, dentre outras. E por estarmos contando com  um inédito apoio do poder público, a anos reclamavos que nossa classe estava esquecida, mas enfim o Governo do Estado do Amapá e a SECULT (com o brilhante trabalho do secretário Zé Miguel) viabilizou a todos um momento histórico para o Estado e para a vida de muita gente, trazendo para tocar no meio do mundo a banda de Power Metal brasileira ANGRA, banda de renome internacional, sendo reconhecida principalmente por seu grande público no Japão e na Europa  e da qual sou fã desde os 9 anos de idade.
          Esse show abriu muitas portas para o movimento HEADBANGER no Estado do Amapá, esperamos continuar contando com o apoio e união do Governo, Empresários, Publicitários e Fãs amapaenses para que possamos repetir momentos como esses em um Estado que é carente nesse aspecto.

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